Ruanda

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Ruanda

A região é habitada por pigmeus e, mais tarde, pelos hutus, povo bantu da bacia do Congo. No século XV, os tutisis, pastores de grande estatura da Etiópia, invadem o local e impõem domínio feudal aos hutus, mais numerosos. Os europeus chegaram no século XIX, e, em 1899, a Alemanha declara esse protetorado sobre o território. Com a derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, os belgas ocupam Ruanda. Primeiramente reforçam o papel hegemônico dos tutsis, dotando-os de poder político e econômico e militar.
Nos anos 1950, favoreceram a formação da elite hutu, aguçando a rivalidade entre povos para melhor dominá-los. Em 1962, a nação obtém a independência, sob liderança dos hutus. Perseguidos, os tustis vão para os países vizinhos.
Os tustis exilados formaram a Frente Patriótica Ruandanesa e em 1990, invadem o norte da Ruanda, exigindo participação do governo e o direito de retorno. Para avaliar as tensões, o presidente hutu, Juvénal Habyarimana (no poder desde 1973), aprova o pluripartdarismo em 1991 e negocia com a guerrilha. O acordo fracassa quando acontece nova ofensiva tutsi, em 1993. Em resposta, o governo massacra civis tustis.
A política de genocídio em 1994, Habyarimana e o presidente do Burundi, o hutu Cyprien Ntaryamira, morreram em um atentado aéreo. O episódio desencadeia meses de genocídio. O saldo é de 1074017 mortos (número oficial), 13% da população da população do país, mais de 90% dos quais tustis. Em resposta, a FRP lança ofensiva militar, toma Kigali e põe na presidência o hutu Pasteur Bizimungu, que se opôs à chacina. Os conflitos geram 2,3 milhões de refugiados na maioria hutus que procuram abrigo em países vizinhos.
A ONU instala o tribunal Criminal Internacional para Ruanda, na Tanzânia, para julgar os responsáveis pelo genocídio
As tentativas do presidente de reconciliar o país esbarraram na explosiva situação regional. Em 1998, Ruanda rompe com o presidente da República Democrática do Congo, Laurent-Désiré Kabila, e juntamente a Uganda no apoio a guerrilheiros tustis no país vizinho. Nos combates disputa-se o controle sobre áreas ricas em minérios. O presidente Bizumungu renuncia em 2000, afirmando que a Assembléia Nacional pró –tustis. O vice Paul Kagame, assume a Presidência.


É o primeiro tutsi a presidir Ruanda. No fim de 2002, as tropas ruandesas saem da RDC. Em 2003, Kagame obtém 95% dos votos na eleição derrotando três hutus. Os governistas obtêm 74% dos votos para a Câmara. A oposição denuncia fraudes.
Conflitos envolvem religiões

2 Comments:

Ticiana said...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ticiana said...

Ah Clézia, que legal teu blog... Adorei... Olha, uma boa dica para os alunos é o filme Hotel Ruanda, ele está ambientado justamente no período do genocídio, vale a pena conferir... Beijos e sucesso!!!

 
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